Em tempos remotos fui um cabeludo que ficava por ai tocando guitarra vestindo sempre uma camisa da maior banda do mundo, Metallica. Porém, cresci e abandonei as camisas pretas, cabelo comprido e guitarras, um pouco do fascínio pelo Metallica também.


Hoje pela manhã, tomado por uma nostalgia incontrolável, peguei a caixa do DVD, Some Kind of Monstrer (ainda no plástico!!) para ver se ainda conseguia me lembrar do que o Metallica significava para mim. A surpresa foi mais agradável do que poderia imaginar.


Confesso que sempre tive um pouco de pré conceito quanto ao filme em análise, achava mesmo que seria mais um making of do backstage da produção do último álbum da banda, o fodástico St. Anger. Confesso também que me desliguei do fascínio pela banda depois do fatídico cancelamento do show no Rio de Janeiro lá pelos idos de 2005 (ou 2004, não me lembro).


Mas do que se trata Some Kind of Monster? A proposta dos cineastas Joe Berlinger e Bruce Sinofsky era a de acompanhar a gravação, ou melhor criação do novo cd do Metallica, mostrando também os conflitos entre, até então, os três membros da banda James Hetfield, Lars Ulrich e Kirk Hammet e o produtor Bob Rock. Reza a lenda que o projeto nasceu para ser uma espécie de reality show, só que vendo o potencial do material, a banda e os cineastas resolveram resumir as quase 1600 horas de filmagens num documentário de duas horas e vinte.


É uma narrativa épica, assim mesmo como lemos na capa do DVD. Berlinger e Sinofsky pinçam uma época específica da banda e esmiúçam todos os pontos, importantes ou não. Basicamente isso define um épico, e o que acontece aqui é o seguinte: Os diretores ganharam na loteria em pegar essa época específica da banda.


Depois da morte do baixista Cliff Burton pelos idos de 1986, o período entre 2001 e 2003 foi o mais conturbado para o grupo e justamente estavam lá as câmeras e microfones para registrar todos os momentos de tensão, criatividade e de recordação (esse em especial para os fãs e para o próprio grupo). Tudo vai mais ou menos bem até que James Hetfield se interna numa clínica de rehab (coisa que anda em alta até hoje entre celebridades), ai a coisa só piora.


Engraçado em analisar um documentário (primeira vez que faço isso) é que esse em especial, parece um filme de ficção. A história contada ali é tão viva e tão bem orquestrada pela montagem que ao concluir parece que assistimos à um filme baseado na história da banda. O início tem um ar de tragédia anunciada, lá pelo meio tudo vai pelos ares e no final tudo vai bem.


Já que o documentário é sobre uma das maiores bandas da história, não poderia passar em branco importantes trechos da vida dos caras, como o fatídico reencontro com o ex-guitarrista Dave Mustaine, depoimentos do ex-baixista Jason Newsted e a escolha do novo integrante da banda, o musculoso baixista Rob Trujillo (legal aqui é ver a empolgação do cara ensaiando sozinho no quarto dele)


Ao ver o filme a impressão de que “agora sou mais intimo da banda” é mais verdadeira do que a de assistir um show dos caras. Ficamos dentro do cotidiano (bem certinho e bem controlado da banda), acompanhamos aspectos das vidas pessoais dos integrantes e coisas assim, quase um reality show sem a espetacularização e foco nas brigas e conflitos, claro que eles existem, mas o foco aqui é ver como nasceu St. Anger, ou melhor, como a banda em si renasceu.


Mesmo pisando na bola com os fãs brasileiros, o Metallica é sim uma das maiores bandas da história. O filme Some Kind of Monster nos mostra um pouco da genialidade por trás da carreira deles e claro também é um prato cheio para quem curte boa música. Metallicaaaaa!!!!!!!




2 comentários

  1. Cecilia Barroso on 9 de junho de 2008 às 20:51

    Nem conhecia... snif...
    Mas acho o Metallica demais! Do gênero, eram os meus favoritos, principalmente pela harmonia das músicas.
    Mudando de assunto, aderi às listas... hehehe
    Beijocas

     
  2. Thiago Flôres on 10 de junho de 2008 às 13:54

    Valeu pela força! Mais listas virão!